A educação pública em nosso país está sucateada e não corresponde às necessidades atuais, por isso é tão comum que o estudante não veja a escola como um ambiente agradável e necessário para seu futuro. Durante os últimos anos pudemos ver uma mudança de postura no governo brasileiro e alguns avanços como a aprovação do FUNDEB (o que aumentou o investimento para a educação básica) e a constituição dos IFET’s – Institutos Federais de Educação Tecnológicas – que buscam reintegrar o ensino técnico ao médio. Mas o problema é profundo, já faz muitos anos que a escola não acompanha as mudanças da sociedade e é necessário muito mais para construir a escola que sonhamos.
Por que o estado mais rico do Brasil tem os piores índices de educação?
Se no Brasil sentimos alguns avanços (mesmo que muito lentos) em São Paulo as coisas vão de mal a pior e a educação paulista atinge os piores índices nacionais.
Nós nunca tivemos a educação que sonhamos, mas foi nos últimos 15 anos que a educação de São Paulo foi entrando em um buraco cada vez mais fundo. Nesses 15 anos nosso estado foi governado pelo mesmo partido, o PSDB, e para desvendar o enigma de como o estado mais rico conseguiu ter um dos piores sistemas de educação precisamos entender o que esse partido pensa da educação.
Vamos começar olhando a nossa escola de perto. São tantos muros e grades que a estrutura física de nossa escola é idêntica a um presídio. As pixações a depedrações deixam claro que o estudante não se sente parte daquilo. Entre as profissões que exigem curso superior, o professor está entre as que possuem o salário mais baixo e um educador precisa dar aulas em duas ou três escolas para conseguir sobreviver, ficando com pouco tempo para se dedicar à sua formação e no preparo de aulas criativas que envolvam os estudantes com mais clareza e prazer. São raras as escolas que possuem laboratórios, salas de informática e bibliotecas abertas aos estudantes. Os conselhos de escola não funcionam e sua eleição é desconhecida de todos. Não há prestação de contas das APM’s e existem casos de cobranças ilegais como pela venda de uniforme obrigatório, por exemplo. As apostilas cridas pelo atual governador José Serra não tem nada a ver com nossa realidade e apresenta um conteúdo cheio de erros que descortina o total desinteresse do governo pela educação pública.
Para o PSDB assim deve ser a escola para o povo. Enquanto isso, o governo estadual mantém alguns centros de excelência que exclui o povo e abriga apenas a parcela mais elitizada da população. Esse é o caso da USP, da UNESP e da UNICAMP, essas universidades provam que é possível ter uma educação pública de qualidade, o problema é que elas excluem a maior parte da juventude: os filhos e filhas dos trabalhadores e trabalhadoras paulistas.
E quando terminamos a escola, o que acontece com a gente?
Na USP, na UNESP e na UNICAMP não conseguimos entrar. O vestibular é uma barreira e em quase nada serve para medir a capacidade dos estudantes, seu conteúdo não tem a ver com nossa realidade e testa somente a capacidade de memorização, privilegiando aqueles que tiveram condições de fazer um cursinho e decorar um monte de formulas e conteúdos através de musiquinhas ou trocadilhos.
As altas mensalidades das melhores universidades privadas também impedem nosso ingresso e precisamos contar com a sorte de conseguir um bom emprego para podermos usar a maior parte de nosso salário para a mensalidade de uma universidade privada cuja qualidade muitas vezes é contestada.
Tudo isso tem que mudar. A escola deve ser o principal lugar de convívio e de formação da juventude. O que queremos é que todos possam ter acesso, através da rede pública e gratuita, a um ensino moderno, que nos prepare e proporcione a formação intelectual necessária para estarmos aptos a contribuir para um país e um mundo melhor. Nós devemos ter mais autonomia e mais espaço para influenciar na vida escolar, afinal é o nosso futuro que está em questão. Queremos unificar o ensino técnico e o médio, ampliar o número de anos para concluir o ensino básico e valorizar a escola como espaço de vivência, proporcionando o acesso ao esporte, à cultura e às atividades extras que enriquecem a vida escolar. No ensino médio, sem prejuízo das disciplinas obrigatórias, devemos ter a chance de escolher uma parte das matérias da nossa grade curricular pois se seu sonho é ser engenheiro seu ensino médio deve ter mais ênfase em exatas, se é ser médico deve ter em biológicas.
A direção da escola deve estar ligada à realidade dos professores, estudantes e comunidade onde a escola se situa. Defendemos uma gestão democrática com a participação de todos e garantia espaço e liberdade para o grêmio e eleições diretas para a escolha dos diretores das escolas.
Para reduzir as desigualdades no ingresso ao ensino superior defendemos a reserva de 50 % das vagas por curso e por turno para estudantes oriundos de escolas públicas e o fim do vestibular com a adoção de um novo mecanismos que avalie o estudante de maneira completa e leve em conta o histórico escolar.
• Mudar o caráter do ensino médio, ampliar os anos para a conclusão, unificar o médio ao técnico e permitir, ao estudante de ensino médio, a escolha de parte de seu currículo
• Gestão democrática com garantia de liberdade e espaço para o funcionamento dos Grêmios Estudantis e eleição direta para diretores das escolas
• Ampliação das vagas no ensino superior público, ampliação do Pro-Uni e apoio a proposta de reforma universitária da UNE (União Nacional dos Estudantes)
• Fim do Vestibular, adoção do ENEM reformulado com aplicação de avaliação seriada a partir do primeiro ano do Ensino médio e adoção do histórico Escolar na nota final.
• Reserva de 50% das vagas por curso e por turno para estudantes oriundos de escolas públicas.
• Merenda nos três períodos da escola.
• Defesa do ensino noturno, contra o ataque do governo José Serra que fechou 30 mil vagas
• A campanha Sou + Educação pode ser um grande instrumento na luta por uma nova educação em São Paulo, são muitas as pessoas que lutam por uma nova educação diferente, de qualidade e gratuita para todos, queremos unir todos em torno dessa luta que é de todo povo paulista, precisamos ampliar essa campanha e agregar todas as entidades e associações, professores, diretores e comunidade e construir uma larga frente em defesa da educação paulista.
Por que o estado mais rico do Brasil tem os piores índices de educação?
Se no Brasil sentimos alguns avanços (mesmo que muito lentos) em São Paulo as coisas vão de mal a pior e a educação paulista atinge os piores índices nacionais.
Nós nunca tivemos a educação que sonhamos, mas foi nos últimos 15 anos que a educação de São Paulo foi entrando em um buraco cada vez mais fundo. Nesses 15 anos nosso estado foi governado pelo mesmo partido, o PSDB, e para desvendar o enigma de como o estado mais rico conseguiu ter um dos piores sistemas de educação precisamos entender o que esse partido pensa da educação.
Vamos começar olhando a nossa escola de perto. São tantos muros e grades que a estrutura física de nossa escola é idêntica a um presídio. As pixações a depedrações deixam claro que o estudante não se sente parte daquilo. Entre as profissões que exigem curso superior, o professor está entre as que possuem o salário mais baixo e um educador precisa dar aulas em duas ou três escolas para conseguir sobreviver, ficando com pouco tempo para se dedicar à sua formação e no preparo de aulas criativas que envolvam os estudantes com mais clareza e prazer. São raras as escolas que possuem laboratórios, salas de informática e bibliotecas abertas aos estudantes. Os conselhos de escola não funcionam e sua eleição é desconhecida de todos. Não há prestação de contas das APM’s e existem casos de cobranças ilegais como pela venda de uniforme obrigatório, por exemplo. As apostilas cridas pelo atual governador José Serra não tem nada a ver com nossa realidade e apresenta um conteúdo cheio de erros que descortina o total desinteresse do governo pela educação pública.
Para o PSDB assim deve ser a escola para o povo. Enquanto isso, o governo estadual mantém alguns centros de excelência que exclui o povo e abriga apenas a parcela mais elitizada da população. Esse é o caso da USP, da UNESP e da UNICAMP, essas universidades provam que é possível ter uma educação pública de qualidade, o problema é que elas excluem a maior parte da juventude: os filhos e filhas dos trabalhadores e trabalhadoras paulistas.
E quando terminamos a escola, o que acontece com a gente?
Na USP, na UNESP e na UNICAMP não conseguimos entrar. O vestibular é uma barreira e em quase nada serve para medir a capacidade dos estudantes, seu conteúdo não tem a ver com nossa realidade e testa somente a capacidade de memorização, privilegiando aqueles que tiveram condições de fazer um cursinho e decorar um monte de formulas e conteúdos através de musiquinhas ou trocadilhos.
As altas mensalidades das melhores universidades privadas também impedem nosso ingresso e precisamos contar com a sorte de conseguir um bom emprego para podermos usar a maior parte de nosso salário para a mensalidade de uma universidade privada cuja qualidade muitas vezes é contestada.
Tudo isso tem que mudar. A escola deve ser o principal lugar de convívio e de formação da juventude. O que queremos é que todos possam ter acesso, através da rede pública e gratuita, a um ensino moderno, que nos prepare e proporcione a formação intelectual necessária para estarmos aptos a contribuir para um país e um mundo melhor. Nós devemos ter mais autonomia e mais espaço para influenciar na vida escolar, afinal é o nosso futuro que está em questão. Queremos unificar o ensino técnico e o médio, ampliar o número de anos para concluir o ensino básico e valorizar a escola como espaço de vivência, proporcionando o acesso ao esporte, à cultura e às atividades extras que enriquecem a vida escolar. No ensino médio, sem prejuízo das disciplinas obrigatórias, devemos ter a chance de escolher uma parte das matérias da nossa grade curricular pois se seu sonho é ser engenheiro seu ensino médio deve ter mais ênfase em exatas, se é ser médico deve ter em biológicas.
A direção da escola deve estar ligada à realidade dos professores, estudantes e comunidade onde a escola se situa. Defendemos uma gestão democrática com a participação de todos e garantia espaço e liberdade para o grêmio e eleições diretas para a escolha dos diretores das escolas.
Para reduzir as desigualdades no ingresso ao ensino superior defendemos a reserva de 50 % das vagas por curso e por turno para estudantes oriundos de escolas públicas e o fim do vestibular com a adoção de um novo mecanismos que avalie o estudante de maneira completa e leve em conta o histórico escolar.
• Mudar o caráter do ensino médio, ampliar os anos para a conclusão, unificar o médio ao técnico e permitir, ao estudante de ensino médio, a escolha de parte de seu currículo
• Gestão democrática com garantia de liberdade e espaço para o funcionamento dos Grêmios Estudantis e eleição direta para diretores das escolas
• Ampliação das vagas no ensino superior público, ampliação do Pro-Uni e apoio a proposta de reforma universitária da UNE (União Nacional dos Estudantes)
• Fim do Vestibular, adoção do ENEM reformulado com aplicação de avaliação seriada a partir do primeiro ano do Ensino médio e adoção do histórico Escolar na nota final.
• Reserva de 50% das vagas por curso e por turno para estudantes oriundos de escolas públicas.
• Merenda nos três períodos da escola.
• Defesa do ensino noturno, contra o ataque do governo José Serra que fechou 30 mil vagas
• A campanha Sou + Educação pode ser um grande instrumento na luta por uma nova educação em São Paulo, são muitas as pessoas que lutam por uma nova educação diferente, de qualidade e gratuita para todos, queremos unir todos em torno dessa luta que é de todo povo paulista, precisamos ampliar essa campanha e agregar todas as entidades e associações, professores, diretores e comunidade e construir uma larga frente em defesa da educação paulista.
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